O investimento em curso para a aquisição de equipamentos e de consolidação da proposta de investimento inicial visa dar continuidade à estratégia de desenvolvimento no âmbito da investigação e da transferência de conhecimento e inovação, bem como reforçar a prestação de serviços ao mercado que promovam a inovação empresarial.

‐ Transporte e melhoramento na Central de Gaseificação
O Politécnico de Portalegre já dispõe de uma unidade de gaseificação térmica em leito fluidizado borbulhante de 100 kg/k que requer uma intervenção de requalificação no sentido de a adequar a desenvolvimentos tecnológicos recentes estudados no instituto.
Atualmente, a gaseificação da biomassa é uma das tecnologias mais atrativas para produzir eletricidade a partir de recursos renováveis biomássicos, nomeadamente resíduos. A tecnologia está bem estabelecida para produção de energia; no entanto, precisa de evoluir para processos de limpeza mais eficientes e preparar a unidade para ser complementada com processos de metanação.
Nesta fase de desenvolvimento pretende-se que esta unidade possa dar continuidade aos trabalhos de análise da potencialidade da utilização da gaseificação de várias biomassas endógenas disponíveis em Portugal, no sentido de aumentar a conversão de carbono e a eficiência energética, bem como, produzir gás natural sintético (SNG) e outros combustíveis gasosos (por exemplo, hidrogénio) a partir da biomassa. Assim, é objetivo, para além da sua deslocação para a unidade do BioBIP (encontrando-se atualmente instalada no parque industrial do município de Portalegre), a sua manutenção geral, pretendendo-se instalar novos sistemas de controlo, limpeza e produção de energia.

‐ Peletizadora 100 kg/h;
Como se processa e se estuda diferentes tipos de biomassas sólidas, em diferentes condições granulométricas, o seu processamento por processos termoquímicos (combustão e gaseificação) pode exigir a sua densificação. Por outro lado, há também um objetivo de desenvolver e estudar novos combustíveis sólidos provenientes de resíduos industriais em misturas que exigem no seu processamento a sua densificação.

– Célula de combustível de alta temperatura de Óxido Sólido (SOFC)
Uma das maneiras promissoras de produzir energia elétrica e calor a partir de combustíveis gasosos, nomeadamente gás natural e gases naturais sintéticos, obtidos por gaseificação térmica de biomassa, é a utilização de células de combustíveis de óxido sólido a temperaturas elevadas. Estes sistemas, já com um grau elevado de desenvolvimento, tendo vindo a ser implementados com sucesso em diferentes países em aplicações domésticas e industriais.
O sistema proposto será acoplado às unidades de produção de gases a partir de biomassa sólida e de digestão anaeróbia. O gás produzido na gaseificação da biomassa geralmente é composto principalmente por CO, CO2, H2, CH4, H2O, N2 e vestígios de hidrocarbonetos superiores que podem ser utilizados quase diretamente numa célula de combustível desta natureza.

‐ Banco de ensaios de motores internos de combustão
Considerando que se está a desenvolver biocombustíveis, cuja utilização se prende com os motores de combustão interna, são necessários equipamentos que permitam a sua avaliação efetiva e prática. Desta forma é muito relevante poder-se dispor de um banco de ensaios de motores de combustão interna para teste de desempenho dos vários combustíveis que são produzidos e otimização dos seus processos de combustão.

‐ Sistemas para quantificar gases de gaseificação portátil
Considerando que se está a utilizar sistemas semi-industriais de produção de gases, é de todo importante poder dispor de equipamentos portáteis de determinação de gases que possam ser utilizados por vários equipamentos e que permitam obter informação com rapidez.

‐ Softwares de simulação
A componente de dimensionamento de sistemas tecnológicos de valorização de biomassa que são desenvolvidos precisam de ser dimensionados para unidades industriais, havendo assim necessidade de apoio de software de simulação e dimensionamento.

‐ Instrumentação diversa para melhoramento das unidades em funcionamento
Constituindo a BioBIP 2 um projeto de continuação da BioBIP atualmente existente, há necessidade de haver uma avaliação dos equipamentos já instalados no sentido de melhorar o seu desempenho. Assim, há um conjunto de pequenos equipamentos que são úteis a uma infraestrutura semi-industrial, atualmente em funcionamento.