Matos Fernandes garante que, no último ano, o mundo foi menos circular: de 9,1% passou para apenas 8,6%. “É um valor invulgarmente baixo e preocupante”, frisa o ministro.
O ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, deixou um recado ao setor financeiro sobre o seu papel ainda marginal na transição energética e climática em curso. E alertou para indicadores que mostram que essa mesma transição está longe de acontecer ao ritmo desejável.
Pior: “Estamos a andar para trás”, disse o ministro na cerimónia de opening bell que marcou a abertura do mercado na Euronext Lisbon e foi protagonizada pelo lançamento do Capital Verde, a nova plataforma especializada em Economia verde e finanças sustentáveis do jornal online ECO.
“Discordo que há já uma revolução no que ao financiamento sustentável diz respeito: confesso, não dei por ela. Sim, pode estar latente. Mas se virmos alguns relatórios que olham não para o futuro mas para o passado descobrimos que no último ano afinal o mundo foi menos circular. Nós que já fomos 9,1% circulares, este último ano fomos apenas 8,6%. É um valor invulgarmente baixo e preocupante. A intensidade de uso de recursos numa economia a crescer é cada vez maior e isso é preocupante. Temos de arrepiar caminho”, sublinhou Matos Fernandes.