O top 5 dos países onde mais obrigações verdes se emitem inclui os EUA, China, França, Alemanha e Holanda
As green bonds (obrigações verdes), como produto financeiro que focaliza o seu investimentos em projetos que promovem a mitigação dos impactes ambientais, têm ganho importância quer em termos de produto utilizado pelas empresas e Estados, quer em termos académicos.
De acordo com a Carbon Bonds Initiative, o ano de 2019 foi marcado por um novo recorde de emissão de obrigações verdes, tendo-se alcançado o valor de 257,7 mil milhões de dólares, um crescimento de 58% face a 2018. O top 5 dos países onde mais obrigações verdes se emitem inclui os EUA, China, França, Alemanha e Holanda. Existiram emissões de obrigações verdes por parte de várias outras jurisdições como Barbados, Rússia, Quénia, Panamá, Grécia, Ucrânia, Equador e Arábia Saudita.
Esta diversidade pode significar uma aceitação generalizada do potencial deste tipo e produto. Cerca de 80% do valor levantado foi destinado a projetos relacionados a energia, edifícios e transportes. O que faz sentido, uma vez que são estes os setores onde existe uma maior pressão para baixar as emissões de CO2.
As três entidades que mais emitiram obrigações verdes no mundo foram a Federal National Mortgage Association (Fannie Mae) dos EUA, o KfW, banco público de desenvolvimento alemão, e a agência do Tesouro do Estado Holandês. No KfW, o valor levantado é aplicado no financiamento e cofinanciamento de projetos de energia renovável e edifícios verdes. No caso do Tesouro Holandês, o valor foi destinado a projetos ligados a edifícios de baixo carbono, transportes, energia renovável do mar e solar, e infraestruturas de água.
O ano de 2019 ficou também marcado pelo crescimento da emissão de obrigações verdes por parte de empresas não financeiras, sendo o top 3 de empresas que emitiram este tipo de obrigações do ramo da energia ocupado pela Engie, com 3,8 mil milhões de dólares, pela MidAmerican Energy, com 3,4 mil milhões de dólares, e pela EDP com 1,8 mil milhões de dólares.